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Channel: Comentários sobre: Bóson de Higgs em quatro lições simples – I
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Por: Daniel Bezerra

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Gustavo, estou escrevendo a última parte da série de artigos (a parte 2 e a 3 já estão publicadas) e espero que algumas de suas dúvidas fiquem mais esclarecidas. Mas percebo que os pontos que você levantou têm a ver com conceitos de mecânica quântica que não vou abordar agora, então lá vai:

1- Não. “Onda” e “partícula” são conceitos macroscópicos que aplicamos às entidades microscópicas para uma maior comodidade nossa. Mas não são, realmente, nem ondas, nem partículas. E o Higgs não tem a ver com essa aparente dicotomia.

2- Supondo que fosse possível, partículas desacopladas voariam à velocidade da luz, como se fossem fótons.

3- Foram teorizados mais de um tipo de Higgs. Eu não tenho ainda o conhecimento técnico para dizer quais as diferenças entre eles, mas sei que ele não é o responsável pela gravidade — em outras palavras, ele não é a partícula mensageira responsável pelo acoplamento gravitacional.

4- Não. O Higgs permite que, sob certas condições de baixa energia, as partículas tenham massa. O fato delas terem massa significa que passam a interagir gravitacionalmente, o que é uma consequência indireta do Higgs. Mais sobre isso na parte 4 da série de artigos.

5- Aí estamos no campo da ficção científica! Realmente ninguém sabe ainda o que está por vir se conseguirmos (e se for possível) manipular campos de Higgs como se manipula campos eletromagnéticos. Pode muito bem ser que consigamos naves espaciais como as da série de videogames Mass Effect; e pode não ser nada disso. Só o futuro dirá.

Um abraço,
Daniel Bezerra


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